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O computador pode se tornar Inteligente?

A pergunta sobre se um computador ou uma máquina poderá um dia se tornar inteligente é uma das minhas questões pessoais principais.


Muitas pessoas entendem que nós seres humanos somos uma máquina, então se olharmos por este ponto de vista: sim, máquina podem e já são inteligentes!


Mas e os computadores?


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Há algumas semelhanças entre os computadores e os seres humanos. Por exemplo, o tráfego de informação que acontece pelos neurônios é elétrico e o mesmo acontece no computador!


Porém a quantidade de diferenças é infinitamente maior! O corpo possui células que são seres vivos individuais trabalhando em conjunto, nos alimentamos, temos emoções, consciência de estarmos vivos, raciocinamos, temos desejos e vontades. Será que isso tudo um dia o computador terá?


Há algum tempo que venho estudando o computador como software, ou seja, como programas e também como hardware que é a parte máquina.


A máquina computador é um executor sequencial de passos incansável. Se tem 10 passos para realizar, ele realizará incessantemente enquanto for ordenado.


Há toda uma complexidade de lógica, cálculos e fluxo de informação que nós humanos criamos para que o computador possa ser o que é.


E após quase 10 anos de pesquisa começa a ficar claro, do meu ponto de vista, que o hardware é um fator limitante.


A "máquina computador" trabalha de uma forma e devemos esperar dela algo condizente com a sua natureza. Assim como não esperamos que uma pedra fale.


Hoje o computador é uma ferramenta criada por nós humanos, e nós mesmos colocamos programas dentro dele que, de maneira engenhosa, faz parecer para nós mesmos, em determinados momentos, que ali há inteligência ou consciência.


Essa sensação é a mesma de quando vemos um filme e acreditamos no filme como se fosse verdade. E igualmente, no filme sabemos ser tudo mentira, mas nos emocionamos mesmo assim.


O computador não tem a dinâmica nem sensorial nem biológica para sentir alguma coisa. Ele irá sempre enviar um comando "sinta isso quando acontecer aquilo". Esse comando pode ser uma linha de código explícita ou uma técnica avançada, porém o resultado final dá no mesmo. Uma mera resposta sequencial à uma entrada, sem raciocíonio, nem reflexão.


A contra pergunta que surge então é: e se o ser humano também for uma máquina sequencial? Porque ao mesmo tempo que podemos dizer que o computador é apenas uma máquina sequencial, precisamos ter certeza que o ser humano não é. Infelizmente, há evidências de que há sim processos bem definidos no nosso organismo que dão margem para interpretar nosso corpo como uma máquina, ainda que não exatamente "sequencial", muito bem organizada.


Então há praticamente um empate.


O desempate permanece que a qualidade dos componentes é de natureza diferente e processa a informação de forma diferente. Neste sentido não há semelhança. E neste sentido podemos dizer que são duas inteligências distintas!


Um outro caminho que gosto de pensar é relativo à possibilidade de integração das máquinas que fazemos hoje com o nosso corpo. Justamente por ambos possuírem uma natureza de informação elétrica em comum, podemos considerar plausível criar uma máquina que seja uma extensão do nosso sistema nervoso.


E com isso, poderemos um dia controlar software criados por nós mesmos através de conexões direta entre neurônios e trilhas de cobre.


Ainda há uma outra abordagem igualmente valiosa. Que é conseguir criar "computadores" orgânicos. Algumas máquinas orgânicas já foram criadas utilizando lógica booleana, por exemplo, na tentativa de criar organismos capazes de combater doenças em seres humanos. Isso tudo utilizando nanotecnologia.


Então disso tudo que foi dito, podemos observar várias vertentes. Uma máquina capaz de ser como um ser humano, um máquina que se integra à um ser vivo, e um máquina criada como se fosse um ser vivo.


Gosto de pensar sobre estas possibilidades justamente para que não nos fechemos pensando que a arquitetura da máquina como é hoje permanece inquestionável. A maior parte dos desenvolvedores de IA não questiona a máquina e é fundamental considerar novos hardwares, não só do ponto de vista do ganho de performance, mas também como uma maneira de explorar funcionamentos que as máquinas atuais não possuem.


Bem, por hoje é isso


Espero que tenha gostado da leitura!

 
 
 

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