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Psicologia e Inteligência Artificial - Muito Mais Perto Que Você Imagina

A psicologia, a faculdade de psicologia e os psicólogos famosos da área de Inteligência Artificial (IA). Trabalho há muito tempo com IA, e uma coisa que sempre chama atenção é que minha formação é em psicologia, pela Universidade de São Paulo (USP). É importante ressaltar que a Psicologia na USP não é um curso de humanas, mas sim de biológicas. Diferentemente de outras faculdades, que são voltadas para humanas, a ênfase na USP é mais científica, com foco em comportamento e psicologia cognitiva, que são abordagens mais científicas.



Durante a faculdade de psicologia, meu interesse por eletrônica e programação despertou. Utilizávamos programação para realizar testes e pesquisas psicológicas, capturando dados de respostas das pessoas e desenvolvendo jogos e atividades inteligentes com o auxílio de software. Além disso, tínhamos acesso a equipamentos para realizar pesquisas sensoriais, como capturar sons ou testar percepção visual com luzes. Naquela época, eu já tinha o desejo de criar máquinas para realizar esses testes e comecei a explorar a ideia de usar uma interface, que posteriormente descobri ser o Arduino, conectando-o ao computador para controlar as máquinas.


É importante ressaltar que a psicologia não se limita apenas à terapia e ao tratamento de traumas e problemas psicológicos. Ela engloba o estudo da inteligência, do comportamento humano e animal, como a psicologia cognitiva. A primeira vez que ouvi falar sobre inteligência artificial na psicologia foi por meio do livro "Psicologia Cognitiva", que explora os conceitos de psicologia e inteligência, discutindo como a inteligência artificial é aplicada nas pesquisas psicológicas.


Após a faculdade, decidi seguir outros caminhos, buscando uma abordagem mais prática. Percebi que minha paixão era desenvolver máquinas ou softwares inteligentes. Então, estudei automação industrial, o que me levou a me tornar pesquisador em Inteligência Artificial. Meu primeiro trabalho nessa área foi criar um sistema de reconhecimento de peças defeituosas por meio de imagens, utilizando um Arduino, uma mesa giratória e uma câmera.


Ao longo do tempo, encontrei outras pessoas que também exploravam a interseção entre psicologia e inteligência artificial, o que me surpreendeu. Descobri que o primeiro psicólogo a implementar uma rede neural, conhecida como perceptron, em 1957, foi Frank Rosenblatt. Ele construiu uma máquina analógica que processava as entradas sensoriais e chegava a uma resposta final.


Outra figura importante é Geofrey Hinton, que possui um duplo currículo em psicologia e TI. Ele ganhou destaque ao vencer um campeonato de reconhecimento de padrões de imagens com seu algoritmo baseado em redes neurais, superando outros métodos existentes. Hinton defende que o aprendizado em inteligência artificial deve ser baseado em redes de conexões, assim como o cérebro humano, e acredita que as redes neurais são a solução.


A conexão entre psicologia e inteligência artificial pode ser observada também com a criação do chatbot Eliza, desenvolvido na década de 1960. Eliza era uma terapeuta rogeriana que interagia com os usuários, ainda que de forma limitada comparada aos chatbots atuais. Essa criação marcou uma mudança de paradigma na época.


Atualmente, concilio minha paixão pela psicologia com a área de IA, dando palestras, participando de projetos de pesquisa e desenvolvimento de produtos de IA. Com o advento do GPT (modelos de linguagem como eu), esses projetos foram acelerados, aproveitando a crescente demanda e interesse pela tecnologia.

 
 
 

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